domingo, 4 de novembro de 2007

TV Digital: uma nova mídia e um novo modo de recepção em uma sociedade em rede

Pensando a respeito da entrada da nova Tv Digital brasileira relacionando com as aulas de evolução da sociedade e sensorialidade achei essa dissertação que, pra mim, tem toda a ver...

Dá uma olhada no resumo...

"O presente trabalho aborda os aspectos relativos à recepção de produtos ficcionais na TV Digital em uma sociedade em rede. Para tanto, a pesquisa analisa a Internet e a nova mídia dentro de pressupostos teóricos sobre a recepção de textos audiovisuais, visto que novos signos serão incorporados ao ato de ver televisão, alterando seu modo de produção e recepção. Entretanto, não são analisadas neste estudo as características técnicas da tecnologia digital.

A dissertação foi dividida em seis capítulos, nos quais são discutidas e propostas algumas hipóteses referentes ao ato de recepção dos produtos audiovisuais na TV Digital e os aspectos ligados à sua produção e comercialização.

Os três primeiros capítulos enfocam a questão da tecnologia da informação, a convergência entre as mídias e a interação entre homem e máquina, tomando como ponto de partida os aspectos semióticos do computador, considerado a nova mídia.

O quarto capítulo transfere para o espectador da TV Digital as mesmas características dos três tipos de leitores do ciberespaço apresentados por Santaella (2004), sublinhando habilidades e competências necessárias para se navegar no ciberespaço que poderão ser requisitadas para a recepção dos produtos audiovisuais da TV Digital.

O quinto capítulo analisa os aspectos da recepção, ampliando o conceito de leitor para além do leitor apenas de palavras. No contexto atual, o indivíduo não é apenas leitor de textos, mas de imagens e processos de linguagem. O texto traça as linhas teóricas da Estética da Recepção e espera que, nos estudos dos efeitos e da resposta no leitor, esta nova opção de veiculação de obras ficcionais possa ter alguns de seus signos identificados e analisados. Ainda neste capítulo, é observada a questão da vulgarização do termo interatividade e são apresentadas algumas características que deverão ser observadas na criação de produtos de ficção a serem
veiculados na TV Digital, na publicidade, reforçando a necessidade de uma regulamentação específica para o novo veículo.

Por fim, é apresentado e analisado o Projeto Brasileiro de TV Digital, assim como, segundo Barbero & Rey (2001), a hegemonia do audiovisual na sociedade contemporânea e a tendência da fragmentação da audiência pelos novos dispositivos tecnológicos como alternativa contra esta hegemonia."

FRANCISCO MACHADO FILHO

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